sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Entrevista a Pedro Rebocho (SL Benfica)



Jovens Promessas - Para começar, como chegou ao Benfica? Vive no Caixa Futebol Campus desde a sua primeira época no clube?


Pedro Rebocho - Com 8 anos, comecei a jogar no Juventude de Évora. Aos 12 anos fui fazer captações ao Benfica e acabei por ficar até hoje. 
Sim, desde iniciado de primeiro ano até júnior de primeiro ano vivi lá. Agora já vivo numa casa.

JP - Vindo do Juventude de Évora, como referiu, quais a principais dificuldades que sentiu na adaptação à nova realidade competitiva?

PR - É tudo muito diferente, só o peso de vestir a camisola... Sinceramente, não senti assim tantas dificuldades como esperava, devido à forma como me receberem e à ajuda que me deram, que foram muito importantes. Mas as que senti foram o estilo de jogo e a forma como encarávamos todos os encontros.

JP - Há pouco mais de um ano, ajudou o seu atual clube a conquistar o Campeonato Nacional de Juniores. Contudo, na temporada transata o troféu escapou para Braga já na última jornada. O que é que mudou? Considera que a equipa de 2012/13 era mais forte?

PR - Não, nem sempre conseguimos o nosso objetivo. Eram equipas diferentes. A de 2012/2013 era mais experiente porque muitos dos jogadores tinham iniciado a época na equipa B. A do ano passado era diferente, ainda por cima tendo duas competições [para disputar].

JP - O principal assunto de destaque, na imprensa nacional, relacionado com a formação em Portugal, foi a campanha do Benfica na UEFA Youth League. Nos quartos de final da competição a equipa deslocou-se até Manchester, para defrontar o City. O que recorda dessa partida? O reencontro com Marcos Lopes foi especial?

PR - Recordo a sensação de passar a uma meia-final da UEFA Youth League e a sensação de jogar contra o Rony, que foi um encontro especial.

JP - Algum tempo depois, após a fantástica exibição frente ao Real Madrid, a sua equipa acabou por perder com o Barcelona, por 3-0. Na equipa catalã destacavam-se sobtretudo Adama Traoré e Munir El Haddadi. A marcação do primeiro deles foi da sua responsabilidade. Como encara a experiência?

PR - Foi muito boa. Só consigo evoluir defrontando os melhores e eles, para mim, eram os melhores daquela equipa.

JP - No próximo ano desportivo, fará parte da equipa B do Sport Lisboa e Benfica. Que aspetos do seu jogo pretende melhorar na Segunda Liga?

PR - [Pretendo] ganhar ainda mais experiência e maturidade, para poder jogar na Primeira Liga portuguesa. 

JP - Na formação secundária do clube será, uma vez mais, colega de Bernardo Silva [nota: a entrevista foi realizada antes do anúncio do empréstimo do centrocampista ao Mónaco]. O jovem médio é apontado por muitos como o maior talento 'made in' Seixal e futuro titular da Seleção Nacional. Partilha da mesma opinião?

PR - Sim, partilho. É um craque. Só quem treinava com ele é que sabia a qualidade que ele tinha nos pés. 

JP - Fala-se muito do tamanho do clube, da massa adepta... Sente a dimensão da instituição no seu dia-a-dia? Costuma ser abordado por benfiquistas na rua?

PR - Todos os dias, sim. Só quem sente isso na pele é que percebe o quão grande é a dimensão do Benfica.
Sim, pessoas que já me viram na Benfica TV e veem ao vivo costumam abordar-me e partilhar algumas palavras de apoio.

JP - É costume os jogadores profissionais falarem em entrevistas sobre a sua referência futebolística de infância, aquele ídolo que tentavam imitar... Qual é a sua?

PR - O meu ídolo, apesar de não ser da minha posição, era o Ronaldinho Gaúcho. Sempre foi o meu ídolo de infância, embora agora seja o Messi. [JP: E o seu lateral esquerdo preferido?] É o Marcelo, do Real Madrid. E também gosto muito do Siqueira.

JP - Como imagina a sua carreira daqui a dez anos?

PR - Espero eu que esteja muito bem encaminhada e que os objetivos que havia traçado tenham sido bem sucedidos.

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