segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

O que aconteceu aos finalistas da primeira UEFA Youth League?


Decorrida mais de meia temporada desde a final da primeira edição da UEFA Youth League (Benfica 0-3 Barcelona), o Jovens Promessas foi tentar perceber o que mudou, ou se algo mudou, na carreira dos vinte e sete jogadores que atuaram no encontro de Nyon. Confira.

Thierry Graça: herói na caminhada das águias, o cabo-verdiano está completamente tapado por Bruno Varela na equipa B do Benfica e soma apenas 90 minutos na presente temporada, num encontro em que o habitual titular estava ao serviço do plantel principal;

Joseph Ondoa: exatamente na mesma situação de Thierry Graça, tendo disputado apenas um encontro pelo Barça B na época 2014/15;

Rafael Ramos: semanas após a grande final, assinou pelo Orlando City ao abrigo de um protocolo entre o Benfica e os norte-americanos. Com a entrada da equipa na MLS prevista para a edição de 2015, o lateral direito ainda não foi submetido a verdadeiros desafios, mas tem tido destaque na pré-temporada, beneficiando ainda do contacto com Kaká, seu colega;

Godswil Ekpolo: a cumprir a primeira temporada como sénior, o nigeriano está a ser uma completa desilusão, não tendo um único minuto disputado na Liga Adelante, ao serviço do Barcelona B;

João Nunes: capitão dos encarnados, tem atuado com alguma regularidade na vasta Segunda Liga, depois de também ter perdido a final do Europeu Sub-19, diante da Alemanha;

Roger Riera: logo após o jogo, assinou pelo Nottingham Forest, do segundo escalão do futebol inglês, sendo atualmente atleta da equipa sub-21 do clube;

Alexandre Alfaiate: central de raiz, tem sido pau para toda a obra na equipa de Hélder Cristóvão, tendo já sido lançado como lateral ou até como médio-centro;

Xavi Quintillà: ainda júnior, é atualmente o capitão da equipa sub-19 do FC Barcelona, levando já uma quinzena de encontros na UEFA Youth League;

Pedro Rebocho: também vice-campeão europeu de seleções, o 'Maxi Pereira alentejano' beneficiou do empréstimo de Bruno Gaspar ao Vitória de Guimarães e é inquestionavelmente dono da ala esquerda da formação secundária do Benfica;

Rodrigo Tarín: tal como Quintillà, é ainda jogador da equipa de juniores dos catalães, continuando a ganhar experiência na UEFA Youth League;

Estrela: importantíssimo na estratégia de João Tralhão, o internacional sub-20 português seguiu com Rafael Ramos para Orlando, esperando neste momento pelo início da MLS 2015;

Jordi Ortega: à semelhança de Riera, rumou ao Reino Unido, mas para assinar pelo Wolves, também do Championship inglês. Naturalmente, tem evoluído na equipa sub-21;

Gilson Costa: chamado à titularidade devido ao castigo aplicado a Raphael Guzzo (atualmente cedido ao Desportivo de Chaves), o internacional sub-19 português é hoje indiscutível na equipa de juniores dos encarnados, tendo surpreendentemente apontado vários golos na edição deste ano da UEFA Youth League;

Wilfrid Kaptoum: também ainda júnior, tem repartido minutos entre as equipas B e sub-19 dos blaugrana;

Rochinha: destaque na equipa encarnada, passou meia temporada praticamente só a treinar e acabou por ser, em janeiro, emprestado ao Bolton, do Championship inglês, onde deverá ter dificuldades para se impor;

Lionel Enguene: é atualmente a grande estrela da equipa de juniores do Barcelona e espera-se que a médio prazo se imponha na formação secundária do clube;

Romário Baldé: único atleta sub-18 na participação portuguesa no Europeu Sub-19, foi alternando entre os conjuntos de João Tralhão e Hélder Cristóvão até que complicações na renovação do contrato o afastaram dos relvados, situação que se mantém até ao momento;

Mohamed El Ouariachi: tal como outros elementos do conjunto catalão, é ainda jogador da equipa sub-19, não tendo somado qualquer minuto na segunda divisão espanhola;

Gonçalo Guedes: ainda júnior, tem sido sem qualquer dúvida o encarnado com maior sucesso. Após uma rápida afirmação na equipa B, conseguiu a promoção definitiva ao plantel principal, sendo o novo ídolo da massa associativa;


Munir El Haddadi: contra todas as expectativas, impôs-se logo na pré-época na equipa sénior do Barcelona e entrou nas competições oficiais a todo o gás. O regresso de Luis Suárez retirou-lhe margem de manobra e vai agora alternando entre as ligas BBVA e Adelante;


Nuno Santos: porventura a melhor águia na fase final da competição, é atualmente indiscutível para Hélder Cristóvão e tem crescido a olhos vistos;

Adama Traoré: um autêntico pesadelo para a defesa encarnada, é ainda júnior mas já titular na equipa B, sendo encarado como uma das esperanças do clube;

Hildeberto Pereira: assumiu um papel de enorme destaque nos sub-19 das águias e é atualmente opção para o selecionador nacional sub-19;

Juan Antonio Ros: lançado no segundo tempo da grande final, é hoje importante na equipa de juniores catalã;

João Gomes: peça secundária no conjunto lisboeta, assinou pelo Ribeirão, do CNS, mas acabou por não se impor, rumando em janeiro ao modesto Quarteirense;

Maxi Rolón: apesar da escassa utilização ao serviço da equipa B, sagrou-se recentemente campeão sul-americano de sub-20;

Alain Ebwelle: concluída a sua formação, rescindiu com o Barcelona e assinou pelo Valência, estando hoje a evoluir na formação secundária dos espanhóis.



Como se pode constatar, apesar do aumento de competitividade a que estes jovens foram sujeitos, há ainda um enorme fosso entre os escalões sénior e sub-19. Apenas dois atletas (curiosamente, um deles ainda júnior) conseguiram ascender à primeira equipa dos respetivos clubes, e com nítidas dificuldades de afirmação.

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