(As escolhas de José Dias)
Com tudo decidido no CPP 16/17, chega a hora dos balanços
finais. No artigo que se segue, apresento aqueles que para mim foram as grandes
surpresas da Grande Lisboa, região que acompanho com maior regularidade. Será,
por isso, um “onze” a misturar jogadores das Séries F e G.
Tiago
Martins (UD Vilafranquense; 28/09/1998)
Chegou com rótulo de grande promessa e rapidamente passou a
certeza. De titular dos juniores do Belenenses a titular dos ribatejanos, em
poucos meses relegou para o banco Nélson Pinhão, há vários anos responsável
pela baliza e que em janeiro saiu para o Casa Pia à procura de espaço.
O percurso formativo augurava algo de muito positivo, mas
as duas épocas em Chipre e Gibraltar criavam incertezas. Rapidamente as desfez,
assumindo-se como um lateral muito acima da média do CPP.
Matheus
Costa (Real SC; 26/01/1995)
Chegou do Brasil como perfeito desconhecido e não tardou a
mostrar que merece mais. Foi exageradamente associado ao FC Porto, mas o seu
futuro deverá mesmo passar pelos campeonatos profissionais, até porque o Real
alcançou a subida.
Miguel
Lourenço (UD Vilafranquense; 08/04/1998)
Mais um degrau subido e o mesmo à vontade que revelava no
Pró-Nacional de Lisboa. Ainda júnior, é já capitão de equipa e, não fossem as
lesões que o têm perseguido, provavelmente já teria dado o salto.
Com um percurso em tudo semelhante ao do companheiro
Matheus Costa, também aproveitou o CPP como rampa de lançamento. Apontou vários
golos na Fase de Subida e, nos bastidores, fala-se de uma possível
transferência para a Primeira Liga.
Stephen
Eustáquio (SCU Torreense; 21/12/1996)
Em 2015/16 já era titular, mas esta temporada explodiu,
conduzindo o Torreense a uma quase impensável Fase de Subida. O salto para um
campeonato profissional português ou estrangeiro deverá estar para breve.
Brash (Real
SC; 16/11/1996)
Mais desconhecido seria impossível. Praticamente não há
dados sobre o seu passado, nem sequer dispomos de todas as informações
pessoais. A verdade é que foi um dos melhores jogadores do campeão e daqui a
uns meses estará na Segunda Liga.
André
Galamba (Atlético CP; 16/02/1995)
Em 2015/16 já era indiscutível no Atlético da Malveira, mas
este ano esteve perto de conseguir o milagre de salvar o Atlético CP. Carregou
a equipa às costas e tornou-se capitão do histórico clube.
Rui
Batalha (GS Loures; 29/06/1996)
Tal como André Galamba, já se destacava no Atlético da
Malveira em 2015/16. No entanto, foi em Loures que se tornou importante em
termos de concretização. Foram quinze os golos que apontou esta época e que lhe
valeram a transferência para o Torreense.
Sócrates
Pedro (Casa Pia AC; 29/08/1992)
A primeira fase do Casa Pia desiludiu um pouco, mas num
plantel desfeito emergiu o extremo Sócrates, que apontou quinze golos no CPP
16/17.
Victor
Veloso (Oriental; 01/12/1996)
Num Oriental a tentar recuperar da descida, foi um miúdo
brasileiro quem mais surpreendeu. Veio dos estaduais cariocas e tem tudo para
não ficar por aqui.